O envelhecimento da tubulação é a principal causa apontada pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), com relação aos vazamentos. Levantamento feito pela empresa revela que 51% do sistema de abastecimento, especialmente na Região Metropolitana de São Paulo, têm mais de trinta anos de uso.
Há vários anos as tubulações eram feitas de ferro fundido, material que sofre cristalização pela ação da água, o que vai obstruindo o tubo. Segundo o presidente da seção paulista da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), Alceu Bittencourt, em entrevista à revista Veja “Essa obstrução reduz o diâmetro da tubulação, o que reduz muito a capacidade de vazão. Para mantê-la, é preciso aumentar a pressão da água na rede e isso eleva o índice de perdas nas juntas e conexões”.
No Centro da cidade, ainda há tubulação da década de 1930. “Ressalta-se que a grande dificuldade para a execução dos serviços de manutenção ou substituição das tubulações em áreas centrais, como a do município de São Paulo, reside na obtenção de licenças para a liberação de obras por parte de órgãos municipais (CET e Convias, entre outros), fazendo com que a execução seja postergada frequentemente”, justifica a Sabesp.
Vale lembrar que o mesmo acontece nas demais cidades do país, que por depender de autorizações municipais, acabam deixando passar reajustes necessários.
Para Bittencourt, a manutenção não resolveria o problema. A solução é substituir as tubulações antigas por outras mais modernas, feitas de polietileno de alta densidade (PEAD).
De acordo com a Sabesp, quatro a cada dez vazamentos de água são invisíveis e indetectáveis. São rachaduras provocadas pelo desgaste do tempo.
Ao notar um aumento repentino na conta de água, desproporcional ao consumo, vale dar uma checada antes de chamar um especialista. No geral, as piscinas e as caixas acopladas nos vasos sanitários costumam ser os grandes vilões de vazamentos.
Caso haja suspeita de irregularidades no hidrômetro, a melhor opção é desligar todos os aparelhos que usam água (máquina de lavar roupa, louça, etc), fechar torneiras, não utilizar o vaso sanitário para analisar o aparelho. Anote o número que aparece ou a posição do ponteiro maior. Verifique se no período de uma hora o medidor muda ou se movimenta, se houver mudança na leitura, há vazamento.
Descobrir a causa do vazamento é importante, mas se não souber a localização exata, por favor, não tente cavar as paredes, isto pode ser muito perigoso. Além de lhe causar danos físicos e financeiros. Na dúvida chame um especialista em caça vazamentos.
Vazamento de gás
Normalmente vazamentos de gás são identificados mais facilmente através de um odor forte. Ao detectar este tipo de vazamento é possível fazer um teste básico para concretizar a suspeita, passe uma esponja com água e sabão ou detergente nas conexões aparentes, se surgirem bolhas, é sinal de que há vazamento.
Outra medida é fechar os registros e analisar se está havendo consumo nos próximos 20 minutos. É recomendado não encostar-se a interruptores e aparelhos elétricos. Por isso, em hipótese alguma ligue o ventilador para suavizar o cheiro, a faísca provocada pela rede elétrica pode gerar uma explosão, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública.
Este tipo de acidente ocorre quando a mangueira do botijão não está bem encaixada ou apresenta mal contato, deixando a válvula de gás aberta.
Tomadas as medidas de precaução, busque ajuda o quanto antes. O Corpo de Bombeiros está sempre à disposição da população, mas se for detectado que o problema é realmente no botijão de gás, a empresa que fabricou o produto pode ser uma opção eficiente.