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Os aquecedores a gás são bem comuns em várias residências. Ele é usado para aquecer a água do banheiro, na maioria das vezes só a do chuveiro, mas com possibilidade de aquecer torneiras também. Existem certos perigos do uso de aquecedores a gás em residências, todos oriundos de erros de instalação ou manutenção.
Os aquecedores a gás trazem os mesmos riscos que os botijões de gás ou então que o gás encanado.
A possibilidade de vazamento é um problema bem conhecido, mas há os mais perigosos, como por exemplo o acúmulo de monóxido de carbono, o que pode ser fatal.
Recentemente, uma família teve um acidente letal com o vazamento de gases de um aquecedor. A reportagem do Estadão entrevistou a Esgotecnica caça vazamento para esclarecer mais sobre os riscos do aquecedor a gás dentro de residências.
Com isso em mente, estamos trazendo um complemento do assunto, com mais dicas de segurança para aquecedores a gás e falando sobre os riscos desse equipamento.
Os aquecedores a gás, assim como muitos outros equipamentos que utilizam combustíveis, são feitos para serem completamente seguros e para o uso dentro de residências sem nenhum problema.
Porém, quando a instalação ou a manutenção é feita de forma irregular, os riscos passam a ser constantes e podem causar acidentes graves.
Quando se pensa em vazamento de gás em aquecedores, pensamos no gás GLP (Gás Liquefeito Petróleo) ou o GN (Gás Natural), que são usados para alimentar a chama que esquenta a água. Porém, existem vazamentos mais perigosos e silenciosos.
O GLP ou o GN são os principais combustíveis utilizados para os aquecedores. O vazamento desses gases cria o risco iminente de explosão e incêndios. Esses gases são inflamáveis, quando acumulados, qualquer faísca pode acabar causando uma explosão.
Apesar de serem inodoros (sem cheiro), esses gases recebem produtos com base no enxofre para deixa-los com um cheiro bem desagradável. Esse cheiro facilita a detecção de um vazamento e evita acidentes.
É importante que assim que você notar o cheiro de gás vazando, é preciso arejar todo o ambiente e, se possível, desligar toda a energia.
Esses gases são bastantes inflamáveis, uma simples faísca pode causar uma explosão. Até mesmo o uso do celular em um ambiente com vazamento de gás apresenta um grande risco.
Por isso, ao sentir cheiro de gás, abra portas e janelas. Também feche a válvula do gás. No caso do gás encanado é necessário chamar os responsáveis pelo abastecimento para que o reparo seja feito.
Importante! Apesar de estar caindo em desuso, muita gente ainda usa isqueiros ou fósforos para testar vazamentos de gás. Nunca realize esse tipo de atividade, já que dá para entender que ela pode causar acidentes graves.
O único teste que deve ser feito é através de água e sabão.
O gás GLP e GN em si não são tóxicos, portanto, não podem “envenenar” uma pessoa. Porém, eles podem substituir o oxigênio dentro do sistema respiratório e causar uma asfixia. Esses são casos mais difíceis de acontecerem, mas ainda é um risco que deve ser considerado.
Além do gás combustível utilizado em aquecedores, pode haver também o vazamento dos gases causados pela combustão. O GLP e o GN produzem o Monóxido de Carbono (CO) durante a queima.
O CO é completamente inodoro e sem cor. Ao contrário do gás natural, o CO é altamente tóxico e pode muitas vezes levar a fatalidade com pouco tempo de contato.
O problema é que o monóxido de carbono não traz nenhum sinal da intoxicação, muitas vezes a pessoa só percebe o problema quando já é tarde demais, isso quando percebe.
Para evitar esse tipo de acidente, os aquecedores a gás possuem exaustores e chaminés para que todo o produto da queima seja liberado ao ar livre.
Como informamos ao Estadão, garantir a segurança do aquecedor a gás vem desde os momentos inicias.
Primeiro é preciso comprar um aquecedor que esteja dentro das recomendações do Inmetro e que seja de marca confiável.
Logo após a compra, é preciso contratar uma empresa ou profissional que siga exatamente as recomendações das normas ABNT para esse tipo de instalação.
A ventilação é o fundamental nesses equipamentos. Por isso o aquecedor deve sempre ser instalado em ambiente com uma boa passagem de ar, além de ter a chaminé adequada para a vasão dos gases.
Além disso, a manutenção deve sempre ser feita por empresas especializadas nesse tipo de equipamento. Por oferece riscos que são invisíveis, é necessário manutenção preventiva do equipamento, principalmente da chaminé de exaustão.
Para garantir que você tenha sempre o melhor atendimento e segurança completa de um aquecedor a gás, conte com a Esgotecnica!
Temos profissionais altamente treinados e os melhores equipamentos para realizar a detecção e reparo de vazamentos e gases que são prejudiciais para a sua saúde.
O desperdício de água no Itaquerão chegou a 20 milhões de litros no período em que houve vazamento no estádio.
Uma auditoria indica que esse vazamento teria levado ao deslizamento de terra na área externa do estádio e à abertura de um buraco no estacionamento no setor leste da arena. Os dois fatos ocorreram em fevereiro de 2016.
Odebrecht e Corinthians, sócios no fundo que administra o estádio, foram alertados por técnicos sobre o risco de novos deslizamentos na área externa da arena.
A Odebrecht, construtora do estádio, nega relação entre o vazamento e os dois fatos.
Atualmente, clube e empreiteira estão em conflito em razão da entrega final da obra. O Corinthians queixa-se de que faltaram acabamentos na conclusão do estádio.
Desperdício
Entre dezembro de 2014 e abril de 2015, o consumo de água na arena somou 32 milhões de litros, média de mais de seis milhões de litros por mês, segundo dados da Sabesp.
O consumo médio mensal do estádio, antes do vazamento de água, era de 2,7 milhões de litros.
Em março de 2015, a conta de água do estádio chegou a R$ 187 mil. A administração do Itaquerão já tinha sido alertada pela Sabesp sobre a alta do consumo. A média nos outros meses era de aproximadamente R$ 50 mil.
Fonte: Folha de São Paulo
Para combater o furto de água, a Sabesp tem investido em tecnologia avançada. Os agentes das operações caça-fraude utilizam, por exemplo, uma sonda especial, que é inserida no cavalete do imóvel. O equipamento utiliza raios infravermelhos, como no controle remoto da TV, para identificar irregularidades dentro da tubulação que possam burlar a medição do hidrômetro. Tudo é feito de forma rápida, sem a necessidade de quebrar o piso.
Outro equipamento que tem tornado mais difícil a vida dos fraudadores é o detector de ímãs. Com ele, mesmo estando no lado de fora do imóvel, o técnico da Sabesp é capaz de saber se existe um campo magnético fora do comum próximo ao hidrômetro – indício de que um ímã pode estar em uso para prejudicar ou impedir a medição do consumo de água.
Além disso, a companhia está gradualmente substituindo os hidrômetros convencionais por modelos blindados contra ímãs e que não podem ser burlados por ondas magnéticas. Essa troca não está restrita aos casos de suspeita de fraude com ímã: todos os hidrômetros da companhia serão substituídos gradualmente pela nova tecnologia. Em média, a substituição dos hidrômetros é efetuada a cada seis anos.
Os resultados do esforço da Sabesp no combate a fraudes podem ser contabilizados nos primeiros cinco meses do ano. O número de irregularidades identificadas na Região Metropolitana de São Paulo subiu 34% no período. De janeiro a maio de 2016, foram 9.428 casos, contra 7.012 em 2015. Em média, foram identificados e interrompidos 62 furtos de água por dia. O volume de água desviado com essas fraudes foi de 1,444 bilhão de litros.
Em parceria com a Secretaria de Segurança Pública, a Sabesp realiza operações conjuntas com a polícia, para casos em que o fraudador impede a fiscalização e para prender os agentes fraudadores – que vendem a adulteração para moradores, comerciantes e indústrias. A Sabesp ressalta a importância da população na identificação do crime de furto de água pelos telefones 195 ou pelo Disque-Denúncia (telefone 181), cuja chamada é gratuita e não exige a identificação de quem telefona.
Fonte: Sabesp
Sua conta de água aumentou? Chame a Caça Vazamento.
Com dicas de como identificar vazamentos nas residências e adotar o consumo consciente da água, a Sabesp ministra cursos de caça vazamentos para a população. As aulas acontecem na região metropolitana de São Paulo em diversas unidades da empresa. O curso reforça a importância dos clientes continuarem economizando água.
As salas de aula apresentam infraestrutura que simula as instalações de um imóvel, com hidrômetro, caixa d’água, vaso sanitário e torneiras. Após as informações teóricas sobre da Sabesp sobre caça vazamento, os participantes acompanham demonstrações e fazem testes na prática.
O curso da Sabesp de caça vazamento é aberto ao público em geral, oferecendo dicas úteis para donas de casa, estudantes, zeladores de condomínios, entre outros. Os participantes recebem uma cartilha e um certificado de conclusão. As aulas têm duração de 4 horas e acontecem no período da manhã (8 às 12), da tarde (13 às 17h) ou à noite (19 às 22h), depende da unidade. As vagas são limitadas.
Para se inscrever no curso de caça vazamento da Sabesp, o cliente pode entrar em contato com a Central de Atendimento Telefônico da Sabesp, pelos número 195 ou 0800-0119911. As inscrições também são feitas nas agências de atendimento ou pelo site http://site.sabesp.com.br
Para esfriar a tensa disputa pela água entre as regiões metropolitanas de São Paulo e de Campinas, a gestão Geraldo Alckmin (PSDB) defende a criação de uma “poupança” no sistema Cantareira.
A proposta da Sabesp (estatal paulista) é que toda a água que entrar nesse manancial, pelos rios e pelas chuvas, receba um tipo de “carimbo” -contabilizando a porção destinada à Grande SP e à região de Campinas.
Num cenário hipotético, se a Grande São Paulo tiver direito a 70% da água que entra no Cantareira, a Sabesp teria a opção de “economizar” e captar um volume menor -mas podendo utilizar esse excedente no futuro.
O mesmo direito de “poupar” a captação de água para usar esse excedente mais tarde valeria para a bacia do PCJ (região de Campinas) -que reivindica praticamente dobrar a quantidade de água a que tem direito hoje em dia.
As duas regiões travam batalha de bastidores na reta final para definição da nova autorização de captação do Cantareira -dada por órgãos reguladores federal e estadual.
Essa licença venceu no ano passado e, desde então, por causa da crise hídrica, estão sendo emitidas somente autorizações temporárias.
Pela regra anterior, feita em 2004, caso a região de Campinas recebesse mais água do que necessitava, essa água seguiria rio abaixo, sem ser utilizada para abastecimento.
No caso de São Paulo, a metrópole eventualmente poderia retirar um volume superior ao necessário, sem levar em conta a disponibilidade de água em outras represas.
O novo conceito foi proposto pela Sabesp há dois meses e aguarda resposta da ANA (agência federal) e do Daee (departamento estadual).
Ele é diferente da posição desses órgãos reguladores, que defendem a criação de faixas de risco a partir dos níveis das represas do Cantareira.
Nessa proposta, seriam criados quatro níveis de alerta. Conforme essas faixas de segurança vão sendo atingidas com a seca, medidas de contingência seriam disparadas. A principal delas é fechar a “torneira” do sistema.
Na visão da Sabesp, porém, essas faixas podem fazer com que a água seja desperdiçada em momentos de cheia. Sem um alerta de risco, por exemplo, as torneiras ficariam todas abertas.
Em termos conceituais, a proposta dos órgãos reguladores prevê controle maior sobre a retirada de água e visa um gerenciamento do sistema com mais cautela. A ideia da Sabesp é ter maior autonomia, para usar a água dependendo do momento.
O sistema Cantareira foi o mais afetado pela seca em SP desde 2014 -o volume de água que entra nas represas despencou para 20% da média ao longo do último ano.
Ele operava com 12,7% da capacidade nesta terça (13). Antes da crise, o Cantareira abastecia quase 9 milhões de pessoas só na Grande SP. Hoje abastece cerca de 5 milhões.
Fonte: Folha
Pela primeira vez em cinco anos, o estoque de água disponível no sistema Cantareira é superior ao de um ano atrás. As chuvas acima da média em setembro, o racionamento e a economia de água feita pela população ajudaram o principal manancial paulista a reverter uma sequência negativa iniciada em 2010, quando o sistema atingiu 100% da capacidade. Mas tanto a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) quanto especialistas alertam que a situação ainda é “preocupante” e o consumo deve continuar controlado na Grande São Paulo.
Na terça-feira (6), o Cantareira tinha 163,8 bilhões de litros, conforme dados divulgados pela Sabesp, considerando as duas cotas do volume morto. Como todo esse estoque ainda está abaixo do nível mínimo operacional (volume útil), o índice de armazenamento estava em -12,6% da capacidade. Há exatamente um ano, a reserva era de 161,6 bilhões de litros, ou -12,8%, de acordo com dados da Agência Nacional de Águas (ANA). À época, a Sabesp não divulgava o volume de água dos sistemas, apenas os índices percentuais.
Embora o Cantareira ainda esteja longe da recuperação – são quase 120 bilhões de litros de volume morto que ainda precisam ser repostos para chegar ao nível zero do sistema -, uma série de fatores aponta uma luz no fim do túnel da crise hídrica, que entrará no segundo ano em janeiro. O mais importante deles, na visão de especialistas, é que o sistema está entrando na chamada estação chuvosa, que vai de outubro a março, produzindo 39% menos água do que há um ano.
“Diria que é o início da recuperação. A tendência é de que nesse período a gente saia do volume morto, com perspectiva de chuvas por causa do El Niño, e termine a estação chuvosa um pouco acima de zero. Isso dá uma tranquilidade, sem dúvida, mas não permite, de forma nenhuma, afirmar que a crise acabou porque ainda vamos precisar do volume morto em 2016. É imprescindível que o padrão de consumo de água continue baixo”, afirma o professor da Universidade de São Paulo (USP) e especialista em recursos hídricos Pedro Luiz Côrtes.
Após chegar próximo do colapso no fim de janeiro, o Cantareira ganhou sobrevida com as chuvas de fevereiro e março, e com a intensificação do racionamento feito pela Sabesp por meio da redução da pressão e do fechamento da rede e com o aumento da economia de água pela população. A retomada do estoque a um nível melhor do que o de 2014, contudo, só veio após a chuva de setembro, a mais volumosa para este mês em 19 anos.
Para integrantes do governo Geraldo Alckmin (PSDB), a situação hídrica da região metropolitana ficou sob controle após a entrega, na semana passada, da principal obra para evitar o rodízio: a transposição de água da Billings para o sistema Alto Tietê, que deverá socorrer bairros atendidos pelo Cantareira após ajudar a recompor o manancial que fica na porção leste da Grande São Paulo.
Com a entrega da obra e o fim da estiagem, o sentimento no governo é de que o pior já passou. Embora outubro de 2014 tenha sido o mês mais seco da história do Cantareira, o presidente da Sabesp, Jerson Kelman, afirma que a probabilidade de o fenômeno do ano passado se repetir é “praticamente nula”. Na semana passada, durante evento sobre a obra de transposição de água da Bacia do Rio Paraíba do Sul para o Cantareira, prevista para 2017, o dirigente classificou o momento como “virada positiva”.
Apesar disso, a Sabesp afirma que “a situação hídrica atual é melhor do que a do mesmo período do ano passado, porém segue preocupante e ainda depende do uso racional da água por parte da população”. Segundo a estatal, as chuvas e as obras contribuíram para a melhora do cenário, mas a redução da pressão, que provoca cortes no abastecimento, vai continuar porque “reduz desperdício de água e desgaste da tubulação”.
Fonte: Uol
O Jornal Nacional está apresentando nesta semana uma série de reportagens especiais sobre a água. E quando se fala desse assunto, um tema que surge imediatamente é o desperdício, porque 37% da água tratada no Brasil se perdem no caminho – em vazamentos de tubulações antigas, em ligações clandestinas. Mas tem muita gente combatendo essa situação.
Arapuá é pequena. Não tem nem três mil habitantes. No maior negócio da cidade, um laticínio, há um belo exemplo de reaproveitamento de água. Imaginem a quantidade de leite para produzir todo o queijo. Só de parmesão, são câmaras e mais câmaras de maturação, com um total de 350 toneladas. A média, para fazer um quilo de queijo, é de dez litros de leite. E sobram nove litros de soro. Ele é filtrado, para retirar toda a parte sólida. No fim, restam entre seis e sete litros desta água do soro.
Mesmo depois desse processo, a água do soro continua muito salgada. E precisa de uma segunda filtragem, dentro de tubos, onde existem membranas com poros microscópicos. É a chamada osmose reversa. O mesmo processo que se usa para transformar água do mar em água potável. Só depois de passar por ali é que ela poderá ser reaproveitada. Com o sugestivo nome de água de vaca. A água de vaca serve apenas para a lavagem de caminhões, pátios e outras áreas externas. Com isso, se economiza água potável, captada do rio e de outras fontes.
O investimento em equipamentos não foi pequeno, mas segundo o gerente do laticínio significa:
Gilmar Machado, gerente industrial: Segurança hídrica. Na época da seca, período de inverno, quando a gente tem mais dificuldade hídrica, ela supre a minha necessidade. Com isso, eu também não esgoto toda a água da mina, da nascente. A água da nascente vai servir também para outros usarem.
Jornal Nacional: Deixa lá, quietinha lá.
Gilmar Machado: Tranquilo.
O setor industrial tem mesmo investido bastante em reuso de água, mas o setor público não, diz o maior especialista brasileiro no assunto.
“Nós somos mais ou menos cristalizados nessa mentalidade de transporte de água, sabe?”, diz Ivanildo Hespanhol, professor de Hidrologia da USP.
Ou seja: captar mais e mais água, cada vez mais longe, e usar uma vez só.
“Gera mais esgoto que nós não tratamos. Se a gente tratasse esse esgoto, hoje nós temos tecnologia para tratar a nível potável, a custos já compatível com essas adutoras. E utilizar essa água para fins potáveis. Temos também tecnologia para certificar a qualidade da água. Falta, realmente, decisão: vamos partir para o reuso”, afirma Ivanildo Hespanhol.
Desperdício pior do que usar água tratada, potável, para dar descarga ou lavar o chão, é deixar essa água escapar antes de chegar às torneiras. A substituição das esburacadas tubulações antigas esbarra em altos custos e dificuldade para intervir em áreas muito urbanizadas. Mas não é que uma avenida em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, teve quatro quilômetros de tubos trocados sem parar o trânsito? No sistema não destrutivo, a tubulação velha nem é retirada. Uma broca abre um novo caminho, paralelo. Depois, puxa a nova tubulação por ele. Menos buracos, menos transtorno.
“Mais rápido também, com certeza. A gente consegue fazer uma média aí de 200 metros/dia nesse método. O antigo você consegue fazer 50, cem”, conta o supervisor de obras Reginaldo Barbosa.
Com sistemas de águas privatizados, Niterói com 500 mil habitantes, no Rio de Janeiro e Limeira, de 300 mil, no interior paulista, são bons exemplos de redução de desperdício. Niterói tem 16% e Limeira apenas 9%, contra 37% da média nacional. As receitas são parecidas na automação, que permite controles de pressão e operação de redes à distância.
Niterói descentralizou o atendimento às denúncias de vazamentos para ter mais agilidade. Limeira tem tecnologia e ouvidos treinados para detectar o que ninguém vê. Serviço de responsabilidade. Não dá para errar, por tudo o que vem a seguir. Nas duas cidades, caçar fraudes também é fundamental. Quem não paga pela água aumenta o preço dela para quem paga. E os hidrômetros sofrem. São arames fincados no mostrador, ou na tubulação, para deter o reloginho, ímãs que têm o mesmo efeito. E esses já são os truques antigos.
“Ainda tem o pessoal que desvia, pessoal que é um pouco mais engenhoso, que vai um pouco mais a fundo. Ele vai no ramal de ligação mesmo para desviar e nem passar pelo medidor”, diz Rodrigo Leitão, gerente de operações.
Em Limeira, 10% dos hidrômetros são trocados a cada ano. O da Dona Felicíssima já ia para 11 anos de uso. Não media mais pequenas vazões de água. Já o novo…
Felicíssima Rocha Vieira, dona de casa: Mas a minha economia eu espero que continue a mesma coisa.
Jornal Nacional: Não aumentando a conta.
Felicíssima Rocha Vieira: A conta, está bom. Isso nós esperamos.
Os resultados em Niterói impressionam sobretudo na comparação com outras cidades. Usando o mesmo critério de avaliação de perdas, contra os 16% de lá, São Paulo tem quase o dobro: perto de 30%. E o Rio, logo em frente, do outro lado da Baía de Guanabara, chega a incríveis 52%. Como resolver perdas desse tamanho, em cidades com muitos milhões de habitantes? Será tão difícil?
“É fundamental você setorizar, você conseguir a setorização do teu sistema. Você conseguir enxergar o teu sistema como pequenos sistemas. Você atacando o pequeno sistema, você acaba, no somatório, reduzindo a tua perda como um todo”, diz Alexandre Boaretto, gerente operacional do Águas de Niterói.
Fonte: Globo.com
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), voltou a negar nesta quinta-feira (2) que a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) faz ou irá fazer qualquer tipo de racionamento na Região Metropolitana da capital. Ao ser indagado pelo “Broadcast”, serviço da Agência Estado de notícias em tem real, sobre como recebera as declarações do presidente da companhia, Jerson Kelman, de que a redução em 30% da pressão da água já é um racionamento, Alckmin emendou: “Não há nenhum racionamento”, disse. “Não há e não haverá rodízio”, completou o governador sem comentar o teor da fala de Kelman.
Além de admitir que a redução da pressão da água fornecida aos consumidores é uma restrição, Kelman avaliou ainda que há outras formas de racionamento, como o rodízio. “Uma delas é o rodízio. Outra é redução de pressão, outra é dar cotas para os consumidores. Nós não estamos em rodízio”, afirmou ele, ontem durante evento.
Alckmin, que participou do lançamento da pedra fundamental da futura fábrica de trens da Hyundai Rotem, em Araraquara (SP), retomou ainda o discurso de que a crise hídrica vem sendo combatida com a participação da população e ações do governo paulista, como o bônus aos consumidores que economizarem água e ainda obras para ampliar a oferta. “Em 10 dias começaremos a obra de interligação do Rio Guaió com (a represa) de Taiaçupeba e ampliamos a integração dos Sistemas”, concluiu.
A obra citada por Alckmin, segundo declaração feita esta semana do próprio presidente da Sabesp, é apenas uma das sete de emergência previstas pela Sabesp para “atravessar o deserto de 2015” sem decretar rodízio oficial no abastecimento de água na região metropolitana.
A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) está executando obras de ampliação da rede para garantir o abastecimento ininterrupto em 626 pontos da Grande São Paulo considerados “críticos”. São as áreas que não podem ficar sem água porque abrigam grandes hospitais, presídios e centros de hemodiálise.
Segundo o presidente da Sabesp, Jerson Kelman, as obras fazem parte do plano de contingência e estão sendo feitas para caso seja adotado o rodízio oficial de água, o que ele considera de baixa probabilidade.
“As obras vão garantir, numa hipótese de rodízio, que não acredito que vá acontecer, que esses pontos tenham pressão e vazão contínua”, disse Kelman.
O dirigente informou que será preciso prolongar a rede de abastecimento da Grande São Paulo em 53,3 km para ligar os pontos críticos às adutoras que “ficam sempre com alta pressão”. Onde não for possível fazer a conexão à rede segura, o abastecimento será garantido com caminhão-pipa terceirizados pela companhia.
Por causa da crise, a Sabesp tem reduzido a pressão e fechado o registro de 40% da rede durante a maior parte do dia, um racionamento que não é “sistêmico”, segundo Kelman.
As manobras, que provocam longos cortes de abastecimento, acontecem na saída dos reservatórios de bairro, que recebem água das adutoras. Com a ligação direta de hospitais e presídios a esses grandes dutos, o risco de corte seria eliminado.
Segundo a Sabesp, a maior parte dos pontos críticos (449) fica na região central da Grande São Paulo, que inclui o centro e áreas das zonas sul, leste e oeste da capital.
Outros 58 pontos ficam na região norte, que depende exclusivamente do sistema Cantareira, o manancial mais crítico hoje, 44 na parte sul, 41 na oeste e 34 na porção leste.
Em Higienópolis, por exemplo, na região central da cidade, a Sabesp vai fazer cerca de 670 metros de tubulação para atender o Hospital Infantil Sabará, que fica na avenida Angélica. No último fim de semana, dois funcionários da companhia fizeram sondagens com um aparelho para detectar barulho no subsolo. Também foram pintadas marcas amarelas, delimitando o espaço por onde os tubos vão passar.
Segundo o hospital, que é equipado com 115 leitos de internação, o local pode armazenar cerca de 184 mil litros de água e tem um consumo médio de 57 mil litros por dia. “Nossa autonomia é de três dias sem abastecimento da Sabesp”, informou a assessoria de imprensa do hospital, que atende cerca de 10 mil pacientes por mês.
Levantamento divulgado na terça-feira (24) por Kelman em um seminário sobre segurança hídrica na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) mostra que, até o dia 20 de março, 361 pontos críticos, ou 57% do total, já haviam sido equacionados. A meta é concluir todas as obras até o final de abril.
“Isso é parte da contribuição da Sabesp ao plano de contingência”, disse Kelman. “É estar preparado para o pior, que seria um rodízio muito pesado. Mas, repito, acho que isso não vai acontecer.”
Fonte: O Estado de S. Paulo
Após o primeiro mês de vigência da sobretaxa nas contas de água na Grande São Paulo, 12% delas tiveram o aumento. A taxa é aplicada pela Sabesp a quem aumentar o consumo em relação à média no período de fevereiro de 2013 a janeiro de 2014.
Outros 7% das contas no período aumentaram seu gasto de água, mas estão abaixo do índice de 10 mil litros de consumo e, por isso, estão isentas da sobretaxa. Se considerados os dois cenários, 19% das contas de água tiveram aumento em relação à média.
Nos últimos dois meses, esse índice foi de 22%. Essa parcela da população é a qual o governador Geraldo Alckmin (PSDB) chamava de gastões.
A sobretaxa é uma das tentativas do governo do Estado de driblar a maior crise de abastecimento de São Paulo. Outras medidas são o bônus para quem reduzir o consumo e a redução de pressão com que a água é enviada para a casa das pessoas (que tem o efeito colateral de causar falta de água em alguns pontos da cidade).
Pela regra, quem tiver um consumo até 20% superior à própria média recebe 40% de acréscimo na conta de água. Se for acima de 20%, a sobretaxa atinge 100%. O acréscimo é feito em relação à tarifa da água, que representa metade do valor da conta emitida pela Sabesp.
Desde a proposta da sobretaxa, entidades de defesa dos direitos dos consumidores questionam sua legalidade. Para elas, o governo só poderia instituir uma sobretaxa para quem consumir mais depois de declarar racionamento. O questionamento das entidades chegou a encontrar respaldo de uma juíza que suspendeu liminarmente a sobretaxa. Dias depois, o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo anulou a decisão, permitindo a cobrança da sobretaxa.